Republicação seleta (e levemente aperfeiçoada) dos textos de eutenhoumblog.blogger.com.br, blog que mantive dos 16 aos 19 anos, de 2003 a 2006. A ideia é que a repostagem seja na mesma data anterior (dia e mês, apenas dez anos depois). Nos comentários, eu falo do que me lembro da época em que escrevi, e avanço. Pra que o meu eu de então fique contente.

sábado, 30 de novembro de 2013

O Alienista, Machado de Assis

O Alienista faz parte de um conjunto de textos de Machado de Assis de nome Papéis Avulsos. Até o término deste, não terminei de ler todas as histórias que se encontram no livro, mas terminei O Alienista

A história trata de um homem obcecado pelos seus estudos (este é o segundo personagem de Machado de Assis que sofre conseqüências de uma obsessão de que tomo conhecimento), que abre um hospício em uma cidade chamada Itaguaí. Seus estudos passam a definir o que seria loucura; mais que metade da cidade acaba na Casa Verde, o hospício, há a Revolução dos Canjicas, e todos acabam saindo da casa. 

É bastante divertido, tem uma porção de estórias costurando o enredo e um final bastante inesperado (do qual fiquei sabendo antes pois o idiota que escreveu o prefácio resolveu contar). Fora isso, há a última conclusão de Simão Bacamarte, o alienista, sobre a loucura: louco é aquele que é estável em todos os seus sentimentos e faculdades mentais.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Em nome do pai, do filho e do espírito santo

Há uma utopia, e seu nome é Humanidade. Por ventura, ou, quem sabe, por nossa própria vontade, nossa imaginação almejou e conseguiu conquistar nossa realidade. Desculpe-me, mas se você é religioso, ou acha que da religião se tira algum proveito, está errado. 

Não há — repito — não há, ou não vi homem nessa terra que tenha me apresentado fé sem proveito. Não constatei em nenhum dos relatos que fizeram-me sobre seus Deuses algo que me levasse a crer nos deuses ou mesmo em seus fiéis. Afinal, só estão nisso porque estão ganhando alguma coisa, mesmo que seja a salvação, mesmo que isso seja apenas uma proteção contra o Diabo. Fé Verdadeira é disso que estou falando. 

O Apocalipse não acontece porque Deus não acha bons meninos para levá-los para lá, o Reino de Deus. 

Contradições nos livros, claro que têm. A possibilidade de vida em outros planetas, claro que têm. Mas as religiões hão de evoluir, hão de apagar o passado e moldar um futuro em que serão poderosas novamente. Não há razões para o homem crer em coisa alguma se não for por pura vontade — fé cega. Absurdamente cega, ou nada. Assim como você crê que sua mãos seguirá suas ordens, ou seu pulmão continuará respirando mesmo que você para de vigiá-lo. 

E veja bem, eu não digo que Deus não existe. Jamais. Não poderia prová-lo — e exatamente, só por isso, que Deus existe. Ele é uma resposta, assim como qualquer lenda, para algo que alguém não pode explicar. Só existe com propósito filósofico, nada mais. E não estou dizendo que foi planejada a criação de Deus para propósito algum, nem de que a Igreja é culpada de alienação alguma, longe de mim dizer tal heresia – mas o fato é que são inúteis. 

Use o seu cérebro. (duendes cantam a sua volta: "Where's my mind", do Pixies.) 

Não há mundo sem mitos? Besteira! Também não havia mundo com televisão. E também não era possível haver mundo sem cavalos, pergunte isso a alguém de séculos passados. It's evolution, baby. A sua vida é sua. Crie um objetivo para ela, pois não há deuses, nada mais que possa criar. 

Quer destruir o mundo? Destrua. Não há sentido em sua vida? Mate-se

Desculpe-me, Humanidade. Desculpe-me por não servir a ambrosia, a facilidade de um outro reino para aproveitar a vida que não aproveitam agora, ou uma mão gigantesca e cruel para obrigá-los a fazer o que sabem que devem fazer. Mas nada existe, Shakespeare estava errado, e entre o céu e terra só existe o que os humanos criaram. O Homo Sapiens quebrou a Seleção Natural; nós somos sobreviventes como um vírus, e ainda temos vislumbres da mecânica que move tudo isso. 

Somos os únicos deuses que esta terra precisa.

Dom Quixote das Crianças

Achei-o na rua junto a um livro de exercícios de Inglês, mais alguns cartões telefônicos, no centro de Santos. Bom, ele tinha uma capa, páginas, letras nas páginas, uma história, personagens — resolvi ler. 

É interessante. Bastante. Monteiro Lobato é um cara legal. Facilita a leitura de uma obra clássica para as crianças, sugestiona a leitura da obra real quando se puder compreendê-la e ensina coisas. Eu aprendi coisas com o livro — e sabe o que é, subestimar alguma coisa, e aprender com a porcaria da coisa? Um tapa na cara, um chute na bunda, um choque eletromagnético no saco escrotal. Aprendi sobre formatos de livros e não me lembro mais o quê; notei uma chamada pequena para a compreensão aos doentes, não violência, e descobri que a Emília é foda.
 
Bom, pode ser que eu esteja errado, mas Maurício de Souza aprendeu tudo o que ele sabe nesses livros. 

E, mais uma vez, a Emília é foda.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O Iluminado, de Stephen King

De Stephen King já li O Cemitério e O Iluminado. E, nesses dois livros, o que se percebe claramente é a fórmula usada pelo autor parar criar seus livros; não só ele — O Exorcista, o livro, pelo que me lembro, segue o mesmo padrão. 

A primeira parte é de apresentação da família. O leitor tem que gostar da família, para que se importe com seu destino. Crianças e pais bons-camaradas. Também é de praxe que estejam se mudando para algum lugar, começando vida nova ou tendo oportunidade de alguma coisa importante: ficar mais tempo juntos, esquecer velhos problemas, ganhar dinheiro, etc. 

A segunda é quando pequenas coisas estranhas acontecem, e a história do lugar, junto a história da família, se desenrola. As coisas estranhas vão crescer e crescer, sempre com alguém, um tanto quanto velho, que saberá lidar com elas, por conhecimentos ancestrais ou coisa que o valha. Segue a parte que a ciência explica como tudo aquilo não pode ser possível e, logo após, a parte que o mito esmigalha a ciência.

Depois disso o autor pode se dar o luxo de deixar seus monstros brincarem. 

O Iluminado começa com a família Torrance, pai, mãe e filho, chegam ao Hotel Overlook. Jack Torrance, o pai, arrumou um emprego de zelador para os dias de inverno no Hotel. Foi o melhor emprego que conseguiu arranjar depois de um passado problemático por conta de bebedeira. 

Danny Torrance, o filho, possui luz interior. E há algo no Overlook, senão o próprio Overlook, que deseja o poder de Danny. A luz interior do Iluminado Danny exerce o mesmo fascínio que um shopping center causa a uma pré-adolescente. 

O resto são história da família, caras que ficam loucos e monstros que matam pessoas. 

Uma beleza de livro.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A Teoria de Matrix

Bom, se você não assistiu Revolutions não é muito aconselhável ler as linhas abaixo. Pois começo do fim. 

Dito isso, em frente. 

[inicia] 

A Matrix foi feita. As máquinas queriam que os humanos vivessem, para que pudessem ter energia. 

[corta explicação] 

[abre exemplo] 

Um teste, feito em algum lugar, colocou um condenado a morte em uma mesa. Disseram-lhe que cortariam os seus pulsos, e, se a carne fechasse antes que todo o sangue pudesse sair, ele estava livre.

Fizeram um pequeno corte e deixaram algo qualquer pingar em um bacia, e deixaram o homem acreditar na balela. 

Ele, pouco a pouco, morreu, pela falta de sangue que acreditava sair de seu corpo.

[fecha exemplo] 

[abre explicação] 

Dito aquilo, pode-se afirmar que nossa mente define se vamos viver ou não. Então as máquinas tiveram alguns problemas e tiveram de arrumar certas razões para que vivéssemos. Aí é que entra a Oráculo, dando a possível escolha de paixões, a escolha de sair da Matrix - a escolha suprema de largar a Perfeição e assumir para si a sujeira, a ignorância, a estupidez e a imperfeição, se assim desejar. 

Só que as tais das escolhas sempore acumulavam problemas demais, assim como no seu computador. Aí o Arquiteto tinha que reiniciar o Windows e fazer uma Desfragmentação do Disco de tempo em tempos. 

[fim da primeira parte da explicação] 

[algo pequeno a dizer] 

Neo é aquilo que ou desliga, ou reinicia. Concentra-se nele as escolhas humanas, em um nível subconsciente, todos escolhem o que Neo escolhe. E assim os humanos vivem e aceitam tudo o que lhes passa. 

[fim do algo pequeno a dizer] 


[início da segunda parte da explicação] 

O Oráculo é o que garantiu essa escolha. 

[fecha explicação] 

[abre exemplo] 

Um homem é ensinado para ensinar a latir. Logo, ele aprende a latir. De um modo, ou de outro, acaba latindo.

[fecha exemplo] 

[abre explicação] 

Neo teria quebrado o vaso se Oráculo não tivesse falado para ele sobre o vaso?

Então, o Oráculo aprendeu a ensinar a escolher, aprendeu sobre escolhas, e acabou escolhendo demais. Assim sendo, ela descobriu como vencer a habilidosa estratégia do Arquiteto. 

Neo aprendeu a usar seus poderes, sabia que podia fazer tudo, e lhe disseram que não podia destruir agentes. "Vou entrar num e explodir. A-ha, eu sou foda." E, feito isso, o Agente Smith foi desplugado do sistema. 

Havia uma conexão do Mundo Humano à Matrix: Neo. 

Havia uma conexão do Painel de Controle da Matrix ao Mundo Humano: o Oráculo.

E houve uma conexão da Matrix ao Mundo das Máquinas: o Smith. 

Pouco a pouco esse vírus Smith, que ganhou muito do que só deveria ser de Neo, o reiniciador, controlou toda a Matrix, e quase permaneceu no Mundo Humano. 

Smith tornou-se a ligação da Mainframe ao Mundo das Máquinas à Matrix. Neo era o elo que faltava. 

E assim o Arquiteto tornou-se refém do plano do Oráculo. 

Quando Neo "venceu", ele estava conectado diretamente ao Grande PC a sua frente. Smith foi plugado à Matrix novamente. Smith foi desligado. 

[fecha explicação] 

[abre resumo] 

O Oráculo planejou derrubar a imponência da Matrix no momento em que tudo que importava era destruir Zyon, reduzir tudo a Smith, reduzir tudo a Neo, desligar tudo de uma vez, e prender as máquinas à sua palavra de manter a Paz. 

Afinal, eles "não são humanos", e vão manter a promessa. 

[fecha resumo] 

[encerra]

(original)

Lolita, Vladimir Nabokov

Quem pode julgar? Todos têm suas razões. 

Lolita, o livro, causa claustrofobia. O ponto de vista de quem lê é o interior da mente daquele que comete o crime. O incesto, o crime, um homem e sua enteada de doze anos de idade. Sua enteada, Dolores, Lô, Lola, nos braços dele, segundo afirma, sempre Lolita. 

E há dois olhos naquele que observa, e os dois têm opiniões distintas. Um pode afirmar que a garota, Lolita, a ninfeta, manipulou tanto quanto parece que foi manipulada. Pode-se dizer que o jogo foi dela desde o início, que ela parou quando quis que acabasse. 

E o outro olho, mas sério, diria que isso é besteira, de que a história não passa da doença de um homem, a pedofilia, e algumas desventuras atribuídas a certo demônio, o sr. Mckarma. 

O autor diria, defendendo-se vagamente, sabendo que é considerado culpado e é culpado. E ele descreveria, de todos os ângulos, todas as manias, todas as palavras, todas as palavras que escreveu e todos os livros que leu, todos os sorrisos e todos os olhares que deu a ele, todas as lágrimas e todos os gritos que proferiu - o criminoso, Humbert Humbert, parece muito mais um fiel perante o altar. 

Amor, Obsessão, Doença - faz diferença? Todos talvez causem os mesmos efeitos, levem ao mesmo fim ou sejam a mesma coisa. 

É a história de um homem que perdeu um amor juvenil, o maior que teve, não o esqueceu e acabou por ter outros dois que nunca realmente quis. Como bolas de neve, talvez isso, não o tenha deixado escapar de Lolita. 

Talvez haja momento em que a razão não funciona. 

Mas ela, a pergunta, há de ficar: quem pode julgar?

sábado, 9 de novembro de 2013

Rédeas

Os dois últimos livros dos quais tratei aqui falavam sobre futuro. De um modo geral, que eu posso descrever também como um modo estúpido de se observar, os dois prevêem que, para o bem da humanidade, devemos ser controlados, todos, postos em um tipo de estagnada felicidade.

Em meus devaneios pergunto-me se isso está tão distante. Porque, como em 1984, estamos sempre em guerra com alguém, o povo não se importa com o passado, portanto, ele não existe - as proles, por mais poder que tenham, jamais irão se revoltar. 

E, como em Admirável Mundo Novo, as pessoas são condicionadas por senso comum a odiar esse ou aquele, a fazer as coisas assim ou assado. De modo mais sútil do que os dois livros puderam conceber, talvez estejamos, cada um de nós, como bonecos de lego nas mãos de uma criança ensandecida, mas que sabe muito bem o que está fazendo. Mesmo que essa criança não seja um humano poderoso, mesmo que não seja Sílvio Santos, nem o Bill Gates, nem um grande corporação - pode ser que seja Deus assim, e aí Admirável Mundo Novo acerta mais uma vez, pois os fiéis amam aquilo que são obrigados a fazer. 

Pergunto-me, por fim, se não já estamos neste futuro.

Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley

Ó, Admirável Mundo Novo.

Admirável mundo de crianças criadas em laboratório, com suas características físicas e psicológicas determinadas por aqueles que as criam. Admirável mundo de crianças educadas durante o sono - hipnopedia - 62.500 repetições dos treze aos dezoito criam uma verdade.

Ó mundo em que o condicionamento ensina a aceitar a morte, a saber o que se têm que saber, a amar o que são obrigadas a fazer. Condicionamento que afirma que todas as pessoas são felizes, e isso, neste nosso Mundo, não é mentira. Alfas, Betas, Gamas e Ípsilons, os tipos de humanos disponíveis, todos felizes com suas atividades.

Ó grandeza da tecnologia que não mais deixa que as pessoas fiquem velhas ou adoeçam. Sociedade bela e produtiva em que cada um é de todos, onde não há religiões porque as pessoas não mais precisam de um Deus, e em que um mulher virtuosa é aquela que possui muitos parceiros.

Esportes, helicópteros, cinemas sensíveis.

Mundo em que se tem sempre o que quer, sem esforço, a felicidade está a um palmo de distância. Mesmo que haja aqueles que não se encaixam, e estejam em reservas, os Selvagens, mesmo que alguns tenham de ficar em ilhas, distantes da civilização, a felicidade está a um palmo de distância.

E, se, por acaso, não puder alcançá-la, há o Soma. Admirável droga que não causa malefícios. A fuga da realidade, sentimentos tormentosos aniquilados com uma grama.

Fantástica tecnologia que nos molda pela estabilidade, monstruosa felicidade à qual nos moldamos para atingir, poderosos humanos que dizem criar a realidade, admirável realidade de um Admirável Mundo Novo, do qual cada vez mais próximos estamos.

domingo, 3 de novembro de 2013

1984, George Orwell

Na tua sala de estar, acima de sua cabeça, na parede ao lado, um aparelho transmite sua programação costumeira. Canções militares, notícias, politicagem. O mesmo aparelho, ó, tecnologia, bela tecnologia que, bradam todos os filmes futuristas, há de nos enterrar um a um, até que nos revoltemos com alguns poucos - como dizia, o mesmo aparelho também recebe imagens. Em algum ponto do planeta, uma pessoa observa, ou não, disso não se pode ter certeza, suas ações.

O aparelho chama-se teletela, o local chama-se Oceania, uma das três grandes potências do mundo. A Oceania é regida pela entidade conhecida como Partido, controlada pelo semi-divino maestro, o Grande Irmão. Pela janela, podes observar um efígie do Grande Irmão, de pouco mais que um metro, e os dizeres: O Grande Irmão zela por ti.

Nesse mesmo momento, tu divagas. Pensas se um dia as coisas foram diferentes. Mas não se lembra. Os registros também não dizem nada a respeito. Só sabe-se que antes do Partido, houvera uma época sombria e miserável, nomeada Idade Média. O Partido libertara os proles e elevara o povo a uma vida melhor. Hoje não há leis na Oceania. Há o Ministério da Paz, que cuida da guerra, o Ministério do Amor que cuida das torturas...ainda há o Ministério da Fartura e o Ministério da Verdade.

Guerra é Paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força.

Mas o que é isso? Será que sua face demonstrou desânimo diante da teletela? Não é recomendável demonstrar desânimo diante de uma teletela. Mas voltas ao seus pensamentos, agora pondo no rosto uma amostra de estático prazer. Lembras claramente de que a Oceania é inimiga da Lestásia e aliada da Eurásia, isso é um fato. Preparativos para a Semana do Ódio foram feitos e lá estão a face dos soldados lestasianos.

Sabe que há um inimigo, Goldstein, e ele está por aí, forjando intrigas, escondido em qualquer canto. E há muitos seguidores de Goldstein, mas a Polícia do Pensamento há de os prender, por crimidéia (em Novilíngua). E para quem cometia crimidéia o destino era, ou ser vaporizado, ou a tortura e condenamento de outros envolvidos com seu crime, ou o fuzilamento em praça pública para o divertimento das crianças e o êxtase das massas.

Mas, de fato, não era recomendável pensar em Goldstein. Chamava-se isso, crimedeter.

Então, a teletela dispara um grande som.

Um homem de voz taciturna informa a todos que o inimigo da Oceania é a Eurásia, e, por algum ataque noturno, sacana, dos agentes de Goldstein, todos os cartazes davam o inimigo, errado, mostrando a Lestásia, que era aliada.

Tu te lembras vagamente de um fato diferente. Mas devia esquecê-lo. Conscientemente disso, sabendo porque e ignorando as razões. E, é claro, esquecendo-se disso conscientemente, e deixando a consciência de lado. Era o duplipensar. E tens certeza de que em sua mesa, no trabalho do Ministério do Pensamento, haverão revistas, livros e outras evidências a serem reescritas. Logo, o passado sempre tinha sido daquele jeito, o inimigo sempre fora e sempre será a Eurásia. Não havia provas, e seria crimidéia dizer o contrário.

O passado é um palimpseto, a realidade é um Partido, eterno e onipotente, com mãos e olhos onipresentes.

Era realmente simples.

sábado, 2 de novembro de 2013

seconds ago...

Eu realmente tinha em mente algo para postar, prontamente.

Como me esqueci, decidi que ainda assim postaria aqui.

E, como veêm, enrolei, o texto aumentei, e, principalmente, rimei.