Republicação seleta (e levemente aperfeiçoada) dos textos de eutenhoumblog.blogger.com.br, blog que mantive dos 16 aos 19 anos, de 2003 a 2006. A ideia é que a repostagem seja na mesma data anterior (dia e mês, apenas dez anos depois). Nos comentários, eu falo do que me lembro da época em que escrevi, e avanço. Pra que o meu eu de então fique contente.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

conclusão de agora mesmo e antes disso.

Show de Verão, que estréia hoje nos cinemas, vai ser a coisa mais nojenta, grotesca, abominável, precária, desprezível, desagradável, estúpida e néscia e imbecil deste ano.

Santos, 31 de Janeiro, meados de 4:00 AM

Há uma avenida, e passo por ela para chegar em casa. É uma avenida grande, com um grande mercado, uma porção de lojas e alguns camelôs. Mas, às quatro horas da madrugada, a cidade está morta em certos pontos. Só pessoas que voltam ou pessoas que vão, ou pessoas que não vão nem voltam, apenas ficam lá porque querem ou porque não conseguem sair permanecem. 

Passando por ela, um carro de polícia passa por mim. Checo mentalmente minha culpa moral: limpo. De mesmo modo, tento lembrar se estou com RG: estou. Bastante seguro, então. Preocupações vãs, o carro passa, pára logo a frente. Ainda um outro. 

Enquadram um homem e uma mulher. Os dois na parede. Parece um mendigo, ou coisa que o valha; o homem na parede, o homem na lei o golpeia nas costas e nas pernas. Pegam uma sacola da mulher, revistam-na — mas na mulher não tocam; não havia policial feminina, mas chegou pouco depois, em uma terceira viatura. 

Pouco antes, eu havia atravessado a rua. Minha casa não era daquele lado, mas não queria passar no meio da treta. Covardia? Não, eu acho que não. 


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Outrora único leitor,

Não escreveste o post de O Senhor dos Anéis por culpa minha. Escreva-o agora que depois escrevo o meu.

O Último Samurai

Um homem poderia passar sua vida procurando a rosa perfeita, e ainda assim sua vida seria honrada. 

Li tantas críticas no Cinéfilos Online sobre esse filme que até a vontade me fez perder de escrever; vi minha críticas, pequeninas, tímidas, tomarem biotônico e serem capaz de acabar com qualquer texto. Deixe estar. Dissecai o texto. Tire os clichês e deixe-me a ideologia. 

Entre outras coisas que ouvi na saída do cinema, ouvi que o filme fazia apologia à guerra do Iraque, e, outra, que era só pra fazer propaganda da moral e dos bons costumes. 

Apologia à guerra alguma eu encontrei no filme; ali, a guerra se mostra necessária, um samurai não se arrepende do que fez porque o que fez foi certo. Apologia há, sim, mas à perfeição, ao espírito, à uma porção de frases que caberiam bem em Matrix, naquele purpose repetido deveras no último filme. 

E a moral e os bons costumes não se compara à filosofia que o filme apresenta. Filos-sofia — busca, conhecimento e tal — não só umas ideiazinhas soltas. Nossa moral não é, não chega perto àquela demonstrada: não vejo homens se matando em meio de rua por não poderem viver com a vergonha. Isso é completamente inverso ao Brazilian Way of Life. 

Quem viu, diga se não há partes do que dizem que se assemelham muito ao que Jesus Cristo (sabe quem é?) dizia? O Saindo da Matrix mostrou isso em um par ou mais de posts que li: semelhanças entre as religiões. Parece-me uma idéia antiga que eu tinha, de que a Torre de Babel não mudou língua de homem algum sobre a face da Terra. Só tornou o nome de Deus vários para os muitos que haviam. 

Algumas frases dignas de Matrix e diversos clichês, certo, mas eu gostei muito. O filme fala sobre honra e destino. A honra de levar sua vida acreditando fazer o que é certo, e acreditar que é certo fazer o que deve ser feito. Lembra-me Ilusões de Richard Bach, mas se me empolgo reproduzo o livro inteiro e não há quem o leia. 

Elas...são todas perfeitas.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

o fio da meada que se perde no caminho.

Vendo X-Men, lembro-me de um dos objetivos de seus criadores, que era representar o preconceito, nos quadrinhos. A perseguição humana contra aquilo que é diferente deles, o temor humano daquilo que é novo. 

E isso se perdeu no caminho das publicações. Mesmo se a ideia ainda seja utilizada, ela não é percebida. Dez, quinze, cem, duzentos — entre os milhões que assistiram, quantos fizeram a analogia? Ou fizeram outra:, a tela mostra como o homem é cruel e sem razões maiores do que o próprio umbigo; o telespectador vê a cena e odeia aquele que o roteirista planejou que ele odiasse — mas percebe-se humano? Nota-se cruel e egoísta? 

Lembra-me também a história do segundo e terceiro episódio de Animatrix, que conta como os robôs foram maltratados e quase totalmente exterminados pela humanidade, temerosa de ter algo que fosse superior a ela. Como os seres robóticos fugiram, esconderam-se em um canto e evoluíram muito mais do que a humanidade, e tentaram a paz. Mas os humanos não queriam a mesma coisa. "Temos bombas. Enfie a paz no orifício anal." 

A Arte imita a Vida. Sabe o que mais me lembra tudo isto? Lembra-me alguns milhares de pessoas mortas por um lado do mundo na Segunda Guerra. Traz-me a memória outras milhares mortas por bomba nuclear, para ensinar a parte nazista do mundo que não se deve matar pessoas. 

Negros e toda a sua religião corrompida por nós, sábios domadores do espírito. Ku Klux Klan. 

Recordo de todos os negros trazidos em condições miseráveis para esse país miserável, recordo dos índios, que morreram tentando entender porque tinham de usar roupas se estava quente, por que tinha de ter mais comida do que precisavam comer, e porque, por que diabos os seus deuses é que estavam errados, e não os dos que chegaram. 

Enfim, de todos os ensinamentos valiosos de infância ("Negro se não caga na entrada, caga na saída"; "Baiano é tudo trapaceiro"; "Português é tudo ladrão", "Americanos são todos capitalistas e nojentos e sem escrúpulos". E existiu Martin Luther King, e ele era americano...), de todas as piadas que levam o preconceito e o racismo adiante, mais rápido do que qualquer campanha possa lavar o senso comum.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A Queda do Império Americano

Ignorem conceitos de bem e mal, certo ou errado. 

Os Estados Unidos da América estão com medo. Um medo enrustido, com argumentos bastante plausíveis. Um ataque pode vir de qualquer lugar. Outro atentado. Sua suposta imponência pode, finalmente, ser reconhecida como apenas 'suposta', mesmo. Mas não vai acontecer um atentado.

É besteira, em primeiro lugar. Qualquer outro atentado diminuiria pela metade o impacto que teve e ainda tem o World Trade Center no imaginário americano e daria pistas por demais dos paradeiros do terroristas. Estão com medo de uma imagem, e o que seria mais recomendável era só tentar qualquer outra coisa assim que a imagem perdesse completamente sua força. 

Pois bastam boatos correrem para que os Estados Unidos se feche em sua concha impenetrável. 

E o que farão? Continuarão a soltar boatos. Os EUA. vão atacar mais alguém, talvez não resistam. Mais boatos. De pessoas infiltradas. "Claro que os sistema de de defesa não falharam. Nunca falham" - "Era o que você dizia quando explodiriam os prédios!". Medo. Estou quase vendo o Saddam virar uma espécie de Fernandinho Beira-mar faz o que quiser. Até que os Estados Unidos criam um jeito de matar o homem, legalmente. 

E aí, ou criam um mártir ("aquele que os Estados Unidos mataram porque morriam de medo de todo resto"), ou o cara foge. Situação que exige, até certo ponto, infiltrados. Os EUA ficam com medo do confortável interior da sua concha.

Se encolhem num canto, armam-se. "Domine todo o resto e ninguém te ataca". Terceira Guerra Mundial. EUA contra a rapa. Bombas atômicas, genocídio. 

Mas o resto do mundo vence. "Tu é grande mas num é dois, safado", e cospe no corpo caído, listrado de vermelho, azul e branco. 

Vai ser assim, do jeito que eu falei.

Teorema Televisivo

Malhação é muito ruim. Hoje, ao que parece, foi exibido o episódio que inicia uma nova série de acontecimentos. Há novos personagens, uma nova lanchonete, o mesmo clube, a mesma escola. Tem um cara que não gosta dos trabalhos dos pais: anotem nos seus cadernos. O rapaz vai aprender que está errado e será bonzinho como todo o resto. Nós também teremos importantes lições de reciclagem, algum que vai se apaixonar por alguma. 

Levantem os braços e agradeçam por termos uma novela que instruí novos adolescentes e pais de adolescentes: hajam assim. Há dois anos atrás o mesmo modelo de novela, sendo seguido sem transformações relevantes. Ah, os grandes problemas sociais a serem resolvidos: pais falindo (embora seus filhos nunca tenham problemas com mensalidades), aulas que sempre duram do meio pro final, quando o sinal toca no meio da fala do professor e as benditas salas onde só um par conversa por vez, e o resto presta atenção nas aulas e interage. 

Para quem viu o post abaixo, sobre músicos e carreiras, devem prever como foi emocionante ver um personagem conseguir um lual em menos de um dia, com um carro e uma rua a seu dispor (nem tão a seu dispor, vai ter a ambulância e a menina boazinha vai interferir. A propósito: ela e o vocalista terminam juntos). 

E quem assistiu este episódio esclarecedor, me diga se o que eu ouvi em certa parte foi "roda punk" mesmo. Porque não vi nenhuma. 

Ah, mas não é só Malhação. As novelas da seis, sete e a das oito que começa as nove, todas tem também suas fórmulas. Só que são três na manga; o modelo de novela das sete com pessoas seminuas e sexo às pampas, por exemplo, já foi feito em Uga Uga e demorou umas três para reaparecer em Kubanacam, a novela do Magaiver brasileiro. 

A única coisa que difere as novelas brasileiras das mexicanas, portanto, é o canal e a crítica que não olha para o próprio umbigo. 

De qualquer jeito, não faz diferença, e encerro cá este post por conta de que não gostei dele. 

Filho, qual é o seu herói?
O Stebán, mamãe!

domingo, 19 de janeiro de 2014

Dança, Alcohol e Música Pop

Eu assisti Show Bar, há cerca de meia hora, no SBT.
  
O que eu pensei que ia ver era um filme sobre sexo e drogas e o tal bar. Mas não era: era um filme de uma garota de interior que vai para Nova York fazer carreira de compositora. Anh, deixe ver o que temos: um bar, o Coyote Ugly (porque "quando você acorda com um cara muito feio do seu lado, e o seu braço está embaixo dele, e você prefere arrancar o braço do que ficar ali. É o que o coiote faz", ou coisa parecida), um plot de superação pessoal da moça, que tem medo do público e um romance típico. 

Isso deve ser algum tipo de trauma de infância, eu não consigo dar opinião complacente pra filme com romance típico. Mas eu já escrevi sobre Simplesmente Amor, ora essa, vamos em frente. 

Vai, o filme é legal. Eu, pelo menos, como pretenso músico, me pus na pele da protagonista, vendo tantas e mais algumas dispensarem sua música, e ter de tocar no primeiro lugar que aparecer. Mas ela é cantora pop e está num filme onde é protagonista, não é a mesma coisa. 

Passando por isso, também me [não consegui me lembrar da porcaria da palavra de jeito nenhum] com o par dela, por conta dele ser fã de quadrinhos. E, deixe ver, o que mais? O filme me arrancou risadas com a perfomance do pai da moça sobre o balcão, e, sejamos justos, ele é o melhor personagem do filme. 

Mais ainda: o modo como uma garota trata mal toda nova coyote me fez lembrar o modo de recrutamento do Clube da Luta. E, como acontecem em filmes de romance típico, o beijo do final me fez ter reação parecida com a da vó do moleque de Olha quem está falando, e o fez dizer "Ih, ela pirou".

sábado, 18 de janeiro de 2014

A Mulher de Azul

RPGistas são uma raça peculiar, não se é preciso muito esforço para se encontrar onde se enfiaram. Fora as pequenas complicações com endereço (sendo estas o fato da estação Tiradentes ser no lado oposto ao qual me dirigi), pude divergir do resto do mundo um fragmento do Terra-média. 

A HobbitCOM, uma convenção sobre Tolkien, o escritor de O Senhor dos Anéis aconteceu no dia 17 de Janeiro de 2004, na Oficina Cultural José Andrade. 

Citei rpgistas mas não foi um evento baseado em RPG. Havia mesas de jogo (com todas as pessoas jogando apenas os jogos que, vai saber por quê, eu desconhecia as regras), mas não era nelas que todos se concentravam. Uma demonstração de esgrima com espadas de papelão, aberta aos participantes, e outra, de arco e flecha, foram mais relevantes. Dois anfiteatros, ora um, ora outro, apresentavam palestras, contadores de história e música. 

O negócio foi bem feito, temos que concordar. Tinha toda aquela informação sobre Tolkien que eu desconhecia: todos os sites, todas as organizações, todos os outros livros, revistas, sistemas, ensaios, música e quaisquer publicação estavam expostos, pra livre manuseio. Armaduras e, principalmente, imitações de armas medievais me deram vontades de ignorar o resto do mundo e brincar feito criança.

Mas não, meu sacrossanto espírito crescido me impediu de tal ação. 

As palestras da Associação dos Sacis (meu sacrossanto espírito crescido ainda está dizendo que o cara mente. Mas vai saber.), de alguns estudiosos sobre temas mitológicos e o da Rosana Rios, escritora infantil ("porque quis e não porque não conseguiu escrever livros de verdade") que falou sobre Monteiro Lobato a abriu paralelos dele com Tolkien, assim como entre sacis e hobbits, dizendo que aqueles eram estes, em versão tupiniquim. 

E houve a banda Hobbeats. Eu já ouvi aquele estilo em algum lugar, mas não consegui saber o que era. Não decifrei influências, mas a música dos caras me era tão... familiar quando qualquer outra coisa. Certa música mostrava-me anões, danças e cervejas em canecas enormes; outra me mostrava um homem deixando tudo, sem largar nada. 

Vi os dois shows, e o segundo show teve evoluções diferentes do primeiro (e o público também ajudou mais. E não me considere bem como público! Eu me aproximo do palco e lá fico. A minha posição é mais de juiz do que vejo, em causa própria). 

E, como poderia deixar-me esquecer: havia a garota de azul. Matrix? Moça de vermelho? Enfie as cores quentes onde bem entender. Uma das moças mais belas que já pus a atenção de meus olhos sobre. Uma mulher de azul, isso prova que nosso mundo é o real, de verdade?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

eu que falei nem pensar
agora me arrependo
roendo as unhas
fragéis testemunhas de um crime sem perdão
mas eu falei sem pensar
coração na mão como um refrão de bolero
fui sincero como não se pode ser
e um erro assim tão vulgar
nos persegue a noite inteira e
quando acaba a bebedeira ele consegue nos achar
num bar
com um vinho barato, um cigarro no cinzeiro
e uma cara embriagada no espelho do banheiro.


I'm telling some dreams to a girl.

Fui ao centro. Entrei no ônibus. Conclusões? O homem que fala comigo não percebe que tenho dificuldades para ouvi-lo. Não faz diferença, não me importo tanto. Balanço a cabeça e digo "uhuns". Moça bonita entra no ônibus. Lá está ela. Lá passa ela por mim. Lá passa ela pela catraca. Lá passam-se pontos, lá ela desce — esquece a garota, rapaz. Planos ralos de encontrá-la: se alguém pega um ônibus às oito da manhã de terça, repete a façanha. Esquecem-se os planos. 

Desce. Primeira parada, hospital. O homem que me acompanha fará consulta. O homem na portaria possui estilo: admiro-me com esses tais que tem estilo marcante, no corpo todo; como aquele senhor negro de chapéu e casaco que vi na rua — mantendo-se apegado ao que usava antes. Não sei, aquilo inspira quase que um sentimento cívico. 

Usarei all star e camisas xadrez quando estiver velho como ele? 

Saio à rua. Procura-se um sebo, encontro um enorme. Quê tipo de sebo é esse que não vendem-se livros por três contos de réis? Vinte reais? Porcos capitalistas! Hora de trocar revistas velhas. Banca antiga, na Santa Efigência. Compram-se algumas, trocam-se outras. Cara pão-duro miserável que me põe mais regras pra escolher as revistas do que posso suportar em uma compra sadia. 

Saio. O homem que me acompanha conversa com um sábio de meio de rua. Vejo os cds originais vendidos em camelô, concluo que são roubados. Observo os preços, percebo que mudam de preço, o que reforça minha crença de que não sabem nada sobre o produto que vendem, no caso um Legião Urbana, o Cinco. (Preços: quinze reais, dezoito Reais, vinte reais). Um índio tenta me extorquir vinte reais num cd duplo da Janis Joplin. Eu ouço história de um Rui Barbosa, que deu aula de inglês na Inglaterra — e percebo que não é motivo de orgulho, se até um húngaro daria aula de português em terras tupiniquins.

Volto a um ônibus. Micro-ônibus. Percebo que não há porta de saída para os micro-ônibus de São Paulo. Malditas diferenças intermunicipais. Pago, desço, caminho até a casa. 

Faço "pam-pam-pam-pam...pam-pam!" com a campainha. 

Coisas irrelevantes e relevantes acontecem. 

Ligo a internet. 

Tranco ideias numa caixa e conto sonhos sem sentido a uma garota com pesadelos.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

supimpa, supimpa!

Algumas palavras e os posts o.O

Esqueci de colocar Corpo Fechado na lista de filmes que assisti. 

E queria parafrasear Da Vinci no filme da Cinderella: "Devo ser lembrado como o homem que abriu a porta...".

cinco curtas conversas de interior de cabeça.

1

- Eu vou mudar o mundo!

- Vai? Mas vai mudar ele para o quê?

2

- Deus do céu, ele rebola. Deus do céu, ele gosta de Rouge, sua cor preferido é rosa. Tão pequeno, onde foi que erramos, ele vai ser veado, deus do céu.

- Nem. Vai acabar virando clubber. Clubber cata bastante mina. Ainda há uma esperança.

3

- Ele é mesmo perfeita. Você se lembrava bem.

- É, agora vou fazer tudo o que sou capaz. Roubo o coração da rapariga ou não me chamo pelo nome que tenho!

[alguns segundos depois]

- Repete pra mim o que eu ouvi.

- Ela tem namorado.

- Ah. Bom, acho que vou fingir indiferença e vamos ao deixe estar, um pouco de música e fica tudo às pampas.

- Eu não faria melhor.

4

- O que ele falou?

- Não sei, não entendi. Pergunta.

[alguns segundos depois]

- Não entendi de novo.

- Terceira vez não se pergunta. Finge que entendeu.

5

- Cê num tá entendendo. Isso é projeto pra longo prazo. Vou errar aqui e acolá, com ela, só acertos. Com essa moça eu caso, rapaz.

- Ah. E por que você acha que ela vai esperar?

- Pretendo cortar do saco até o pescoço qualquer outro pretendente.

- Boa.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Malas e Mochilas ao chão!

Cá estou eu, de volta, leitores!

*som de grilos*

falando sobre?

Nos últimos quinze dias, li Bellini e a Esfinge, Bellini e o Demônio e BR 163, todos de Tony Belotto, acho que guitarrista dos Titãs. Os de Bellini são histórias de detetive brasileiro, eu gostei do protagonista. Tem até filme de Bellini e a Esfinge. Prevejo, pelo livro, que o filme siga a linha dos outros filmes brasileiros: sexo e palavrões. 

Assisti Animatrix. A história do detetive, feita pelo mesmo cara de Cowboy Bepop e uma outra, da qual não me lembro o nome e que trata de uma área da Matriz com falhas são as que mais me agradaram. A história de como a humanidade e as máquinas caminharam até a Matrix sustenta bem a opinião do Smith no filme um. 

Também vi: Entrevista com o Vampiro, A Bruxa de Blair 1 e 2, Os Outros, Dungeons and Dragons, Demolidor (o da Marvel), boa parte de Minority Report e boa parte de Meu Primeiro Milhão, A Casa Mal Assombrada (ou coisa parecida), As Panteras 2, Miss Simpatia

Entrevista com o Vampiro, Os Outros e Minority Report valeram cada segundo de tempo investido. 

Ouvi uma tal banda Genesis, que parece um U2 com batida eletrônica, com vocais mais rápidos; e um suposto cantor de blues brasileiro bastante ruim. Também umas músicas raras do Nirvana que ainda não tinha ouvido. 

Isso é só, por ora.