A diferença deste livro do Machado de Assis para outros, como O Alienista e Dom Casmurro é gritante. Esses outros contam histórias, analisam personagens — param no meio da história e pensam a própria história. Helena ainda segue o Romantismo; endeuse uma mulher e que os outros personagens se agarrem às suas saias.
Vai, não vou dizer que o livro é ruim. Ele é previsível, isto sim. Segue uma linha reta do começo ao final: o mundo ao redor de Helena, as coisas que a influenciaram e as coisas que ela própria influenciou.
A história é simples: morre um homem lá e, em seu testamento ele reconhece uma filha que não era do conhecimento de ninguém. Esta é Helena. E ela vai morar na casa do irmão e de sua tia.
Os personagens são estereótipos bem definidos. Há o padre de sabedoria enorme, o pai ambicioso da noiva deveras apaixonada pelas aparências, o escravo solícito... tem um amigo que chega de longe, pode adivinhar o que acontece quando ele chega para reencontrar o filho do homem que morreu?
O autor deverá se revirar no túmulo após essa afirmação, mas eu aconselho a qualquer a preferir Coragem, o Cão Covarde ao livro citado.
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