Republicação seleta (e levemente aperfeiçoada) dos textos de eutenhoumblog.blogger.com.br, blog que mantive dos 16 aos 19 anos, de 2003 a 2006. A ideia é que a repostagem seja na mesma data anterior (dia e mês, apenas dez anos depois). Nos comentários, eu falo do que me lembro da época em que escrevi, e avanço. Pra que o meu eu de então fique contente.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Helena, de Machado de Assis

A diferença deste livro do Machado de Assis para outros, como O Alienista e Dom Casmurro é gritante. Esses outros contam histórias, analisam personagens — param no meio da história e pensam a própria história. Helena ainda segue o Romantismo; endeuse uma mulher e que os outros personagens se agarrem às suas saias. 

Vai, não vou dizer que o livro é ruim. Ele é previsível, isto sim. Segue uma linha reta do começo ao final: o mundo ao redor de Helena, as coisas que a influenciaram e as coisas que ela própria influenciou. 

A história é simples: morre um homem lá e, em seu testamento ele reconhece uma filha que não era do conhecimento de ninguém. Esta é Helena. E ela vai morar na casa do irmão e de sua tia. 

Os personagens são estereótipos bem definidos. Há o padre de sabedoria enorme, o pai ambicioso da noiva deveras apaixonada pelas aparências, o escravo solícito... tem um amigo que chega de longe, pode adivinhar o que acontece quando ele chega para reencontrar o filho do homem que morreu? 

O autor deverá se revirar no túmulo após essa afirmação, mas eu aconselho a qualquer a preferir Coragem, o Cão Covarde ao livro citado.

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