Republicação seleta (e levemente aperfeiçoada) dos textos de eutenhoumblog.blogger.com.br, blog que mantive dos 16 aos 19 anos, de 2003 a 2006. A ideia é que a repostagem seja na mesma data anterior (dia e mês, apenas dez anos depois). Nos comentários, eu falo do que me lembro da época em que escrevi, e avanço. Pra que o meu eu de então fique contente.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Último Samurai

Um homem poderia passar sua vida procurando a rosa perfeita, e ainda assim sua vida seria honrada. 

Li tantas críticas no Cinéfilos Online sobre esse filme que até a vontade me fez perder de escrever; vi minha críticas, pequeninas, tímidas, tomarem biotônico e serem capaz de acabar com qualquer texto. Deixe estar. Dissecai o texto. Tire os clichês e deixe-me a ideologia. 

Entre outras coisas que ouvi na saída do cinema, ouvi que o filme fazia apologia à guerra do Iraque, e, outra, que era só pra fazer propaganda da moral e dos bons costumes. 

Apologia à guerra alguma eu encontrei no filme; ali, a guerra se mostra necessária, um samurai não se arrepende do que fez porque o que fez foi certo. Apologia há, sim, mas à perfeição, ao espírito, à uma porção de frases que caberiam bem em Matrix, naquele purpose repetido deveras no último filme. 

E a moral e os bons costumes não se compara à filosofia que o filme apresenta. Filos-sofia — busca, conhecimento e tal — não só umas ideiazinhas soltas. Nossa moral não é, não chega perto àquela demonstrada: não vejo homens se matando em meio de rua por não poderem viver com a vergonha. Isso é completamente inverso ao Brazilian Way of Life. 

Quem viu, diga se não há partes do que dizem que se assemelham muito ao que Jesus Cristo (sabe quem é?) dizia? O Saindo da Matrix mostrou isso em um par ou mais de posts que li: semelhanças entre as religiões. Parece-me uma idéia antiga que eu tinha, de que a Torre de Babel não mudou língua de homem algum sobre a face da Terra. Só tornou o nome de Deus vários para os muitos que haviam. 

Algumas frases dignas de Matrix e diversos clichês, certo, mas eu gostei muito. O filme fala sobre honra e destino. A honra de levar sua vida acreditando fazer o que é certo, e acreditar que é certo fazer o que deve ser feito. Lembra-me Ilusões de Richard Bach, mas se me empolgo reproduzo o livro inteiro e não há quem o leia. 

Elas...são todas perfeitas.

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