Estados Unidos da América, guerra civil. Era o tempo que eles mesmos se encarregavam de tirar os escalpos de alguns ianques. Uma cidade qualquer, Cold Mountain, promove alistamento militar. E é aquela história: homens que se vão e mulheres que ficam esperando.
Destes que se vão e esperam, temos os protagonistas; poucos encontros, poucas palavras. Juramentos e tal. A premissa vista deste ângulo parece mais velha que o Sílvio Santos, mas o modo que é contada é bastante agradável.
"Não vou levar um tiro por uma causa em que não acredito", e diversos homens "mandados à batalha com uma bandeira e uma mentira" abandonam o exército pouco antes do fim da guerra; são desertores e devem ser caçados como cachorros. Um desses desertores é um dos protagonistas. A história é ele voltando para Cold Mountain pra reencontrar a amada, e, ao mesmo tempo, a amada pondo sua fazenda de pé depois da morte do pai.
Isso também parece batido. Eu sei.
Mas há personagens admiráveis. Ruby. O padre gordo, a velha das cabras — com palavras que deixariam Morpheus de Matrix emocionado, o xerife, o ajudante loiro do xerife, metido à malabarismos.
Temos diálogos e cenas memoráveis (ou chegam bastante perto de serem memoráveis), o filme não é nada original mas é um puta filme. Uma moça que sentara atrás de mim no cinema cumprimentou a outra por tê-la indicado o filme. "Excelente, excelente", ele dizia.
Eu ia dizer que é um arroz e feijão com bisteca de porco cinematográfico, mas esse termo não ficou tão bom quanto o de Sobre Meninos e Lobos.
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