Republicação seleta (e levemente aperfeiçoada) dos textos de eutenhoumblog.blogger.com.br, blog que mantive dos 16 aos 19 anos, de 2003 a 2006. A ideia é que a repostagem seja na mesma data anterior (dia e mês, apenas dez anos depois). Nos comentários, eu falo do que me lembro da época em que escrevi, e avanço. Pra que o meu eu de então fique contente.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Teorema Televisivo

Malhação é muito ruim. Hoje, ao que parece, foi exibido o episódio que inicia uma nova série de acontecimentos. Há novos personagens, uma nova lanchonete, o mesmo clube, a mesma escola. Tem um cara que não gosta dos trabalhos dos pais: anotem nos seus cadernos. O rapaz vai aprender que está errado e será bonzinho como todo o resto. Nós também teremos importantes lições de reciclagem, algum que vai se apaixonar por alguma. 

Levantem os braços e agradeçam por termos uma novela que instruí novos adolescentes e pais de adolescentes: hajam assim. Há dois anos atrás o mesmo modelo de novela, sendo seguido sem transformações relevantes. Ah, os grandes problemas sociais a serem resolvidos: pais falindo (embora seus filhos nunca tenham problemas com mensalidades), aulas que sempre duram do meio pro final, quando o sinal toca no meio da fala do professor e as benditas salas onde só um par conversa por vez, e o resto presta atenção nas aulas e interage. 

Para quem viu o post abaixo, sobre músicos e carreiras, devem prever como foi emocionante ver um personagem conseguir um lual em menos de um dia, com um carro e uma rua a seu dispor (nem tão a seu dispor, vai ter a ambulância e a menina boazinha vai interferir. A propósito: ela e o vocalista terminam juntos). 

E quem assistiu este episódio esclarecedor, me diga se o que eu ouvi em certa parte foi "roda punk" mesmo. Porque não vi nenhuma. 

Ah, mas não é só Malhação. As novelas da seis, sete e a das oito que começa as nove, todas tem também suas fórmulas. Só que são três na manga; o modelo de novela das sete com pessoas seminuas e sexo às pampas, por exemplo, já foi feito em Uga Uga e demorou umas três para reaparecer em Kubanacam, a novela do Magaiver brasileiro. 

A única coisa que difere as novelas brasileiras das mexicanas, portanto, é o canal e a crítica que não olha para o próprio umbigo. 

De qualquer jeito, não faz diferença, e encerro cá este post por conta de que não gostei dele. 

Filho, qual é o seu herói?
O Stebán, mamãe!

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