Republicação seleta (e levemente aperfeiçoada) dos textos de eutenhoumblog.blogger.com.br, blog que mantive dos 16 aos 19 anos, de 2003 a 2006. A ideia é que a repostagem seja na mesma data anterior (dia e mês, apenas dez anos depois). Nos comentários, eu falo do que me lembro da época em que escrevi, e avanço. Pra que o meu eu de então fique contente.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

marketingui

Novela.

Cinco segundos. Uma personagem afirma que não há razão alguma para saber o nome de fulano de tal da Semana da Arte Moderna, que saber dessas pessoas que fazem algo importante no passado não serve pra nada. Ponto. 

Uns quinze segundos. Uma cena qualquer. Uma criança brincando com o celular: "Pare de mexer no celular de fulano de tal, criança" - "Não estou mexendo, estou colocando o 23 em todos os números até os internacionais!". Personagens riem. 

Propaganda. 

Trinta segundos. Conclusão: odeio todas as pessoas que são demasiado suscetíveis a qualquer maldito slogan [Experimenta, experimenta!]. Não sei que tipo de idiotice coletiva leva a repetirem esse tipo de coisa. Um dia, algumas horas, seis ou sete anedotas, tudo bem. Mas, dois meses é muito. 

Mais de 72 horas atrás. Passa-se em frente a uma barraquinha. Vê "Langosh". Langosh. Legal. Eu quero um langosh. Preciso de um. [pede um langosh]. [começam a preparar o langosh. olhando a preparação do langosh.] "Isso parece um pastelão."..."Não, isso não pode ser. É um langosh.". O tempo passa. Ela faz um pastelão. Um maldito pastelão com nome diferente. 

[idiota sorridente aparece.] "Hey, já pediu seu presente das casas Bahia?". 

u_U.

Um comentário:

Duanne Ribeiro disse...

Anticomércio, antimarca, antiaparência, são outra vez esses os valores que aparecem, como no post abaixo sobre o livro de Monteiro Lobato.

Também mostra como eu sou convencional: eu era aquele tipo de adolescente, sabe, e você me vê criticando as coisas que se espera que eu critique.